Quero escrever mas as palavras não me saem, os sentimentos não se soltam, apenas apertam o peito e embargam a voz.
As emoções que fervilham cá dentro. Efervescem num caos sem fim.
Não sei o que sinto. Não sei o que quero. Não sei o que sou.
As tuas palavras atingiram-me como mil lâminas afiadas, geladas contra o peito. Laceraram-me como se de porcelana eu fosse; frágil…
No fundo sei que estou a ter o que mereço.
Meses a fingir que era o que pensava querer ser. Meses a espalhar mentiras fúteis. Inúteis.
Algum dia o universo teria de voltar a equilibrar-se. E que forma dura de o fazer.
Amei-te, Amo-te e continuarei a amar-te.
Contigo fui tudo o que um dia quis ser. Se fores embora não sei o que restará de mim. Talvez as mentiras.
Talvez as mentiras se gravem a fogo na minha pele para que não mais esqueça aquilo que provoquei. E só isso restará de mim. Só isso me representará, porque em essência, e quando a fantasia acaba, não sou mais que a merda que fiz.